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Vocês sabem qual o local mais alto do planeta Terra? E o mais profundo? Pois bem, é sobre estas questões que trataremos. Dois locais absolutamente opostos, formados por eventos geológicos parecidos, mas extremamente diferentes.

 

Famosa por ser uma das montanhas mais perigosas do mundo para os alpinistas, o Monte Everest guarda muitos segredos e belezas. A montanha fica na fronteira entre a China e o Nepal e atrai diversos turistas que anseiam ver de perto os seus 8.848 m de altura (isso mesmo, quase 9 km na vertical!!!), sendo assim, o ponto mais alto do planeta Terra em relação ao nível do mar.

 

Ao falarmos da formação do Monte Everest, falamos também da formação de toda a cordilheira do Himalaia, que são o conjunto de montanhas em que o Everest está incluído. A cordilheira começou a ser formada há cerca de 60 milhões de anos. O processo de formação é chamado de Orogênese, que é o conjunto de processos tectônicos que levam à formação de montanhas e fossas oceânicas. Basicamente ocorre por conta do movimento das placas tectônicas, que podem se chocar ou se afastar uma das outras.

 

No caso do Monte Everest, a placa Indo-Australiana se movimentava rumo ao Norte e acabou chocando-se com a placa Eurasiática (ver o post sobre Placas Tectônicas em Posts Relacionados). Como as densidades das duas placas eram semelhantes, o choque gerou muita tensão na região e certos enrugamentos foram surgindo no contato, formando assim, a cordilheira do Himalaia. Atualmente, as duas placas tectônicas ainda se empurram, forçando com que a placa Indiana se movimente horizontalmente por baixo do continente asiático, causando uma elevação de todo o Himalaia de 5 mm por ano. Sim, o Monte Everest ainda está em idade de crescimento!!

 

Por outro lado, no meio do Oceano Pacífico encontra-se a Fossa das Marianas, uma depressão oceânica de 11.034 m de profundidade, formada a partir do encontro das placas tectônicas do Pacífico e das Filipinas. Diferentemente da formação do Himalaia, nesse caso, a placa do Pacífico é muito mais densa que a das Filipinas e por isso, ela tende a mergulhar, quase que verticalmente sob a placa menos densa. Toda essa região de contato é chamada de zona de subducção e pode formar imensas fossas submarinas, como a Fossa das Marianas. Essa mesma zona de subducção também é responsável pela formação da Ilha das Marianas, uma cadeia de montanhas do Pacífico.

 

Curiosidade: A Fossa das Marianas é tão profunda, que daria para esconder todo o Monte Everest dentro dela e ainda sobraria espaço! Muitos estudos ocorrem nesses dois extremos do planeta Terra, em busca de novas descobertas nesses dois mundos completamente diferentes dos que estamos habituados a conhecer.