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A Lua... Quem de nós nunca foi flagrado de cabeça para o alto, boca semiaberta e olhos fascinados a observar o nosso querido satélite natural? Ela é, indubitavelmente, um dos astros mais bonitos do céu noturno. Bastam simples observações para perceber que a face que ela nos mostra em todas as noites em que ela é visível é a mesma. Porque será?

Essa curiosa característica da Lua ocorre por conta do sincronismo entre os seus movimentos de rotação e orbital. O movimento de rotação é aquele em que a Lua gira em torno de si mesma, enquanto o orbital é quele que a Lua faz ao redor da Terra, também chamado de revolução (que é o percurso da Lua ao redor do nosso planeta). O atrito das águas contra a superfície rochosa da Terra, produzido pelas marés ao longo do tempo geológico, causaram a perda na energia de rotação do nosso satélite, até chegar no estado em que o período de rotação da Lua é exatamente igual ao seu período de revolução. Daí a Lua mostrar sempre a mesma face em direção à Terra.

Esta face visível para nós é marcada por crateras, causadas por colisões de meteoros e asteroides. Além disso, por não possuir atmosfera, não há matéria para retardar o movimento de queda livre dessas gigantescas pedras espaciais. A ausência de atmosfera lunar ocorre por conta da pequena força gravitacional lunar, que não consegue manter gases aprisionados ao seu redor, como na Terra. Como consequência, meteoros e asteroides atingem a superfície lunar com força total. Por não haver processos erosivos, tais como chuvas e ventos, as crateras ficam marcadas até que um outro processo, natural ou não, intervenha.

Vale lembrar, que a face não visível para nós, “o lado oculto da Lua”, também é marcado por crateras e também é iluminado pelo Sol. Já as partes escurecidas da Lua, como se observa em certos períodos de cada mês, ocorre por conta da  variação de posição entre a Terra e o Sol: Lua Nova é a fase na qual o lado visível para nós não se encontra iluminado pelo Sol e, por consequência o lado “escuro” se encontra iluminado; Lua Cheia é aquela onde a superfície lunar voltada para nós está inteiramente iluminada; Luas Minguante e Crescente são as fases intermediárias, com iluminação parcial do Sol. As quatro fases lunares formam o ciclo: Nova  Crescente Cheia Minguante.

A Lua possui cerca de um quarto do diâmetro da Terra, o que faz dela a maior lua do Sistema Solar em comparação ao tamanho do seu planeta (ela possui cerca de 1/80 da massa da Terra), e é por essa razão que já foi cogitada a possibilidade de considerar o sistema Terra-Lua como um sistema binário de planetas. No entanto, essa hipótese foi totalmente descartada devido ao fato de o baricentro (o centro de massa do sistema Terra-Lua) ainda estar no interior da Terra, a cerca de 1.700 km da sua superfície.

Uma curiosidade, é que a Lua Cheia já foi extremamente associada à loucura e insanidade humana. Daí vieram as lendas urbanas sobre Lobisomens e é daí que vem a origem da palavra “lunático” (do Latim Luna).