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Que a Terra é um planeta dinâmico e está em constante movimento não é novidade para ninguém, mas você já reparou que a América do Sul e a África possuem um encaixe quase perfeito? Você já se perguntou se o Brasil sempre esteve no mesmo lugar desde a criação do planeta? Nunca parou para pensar o motivo disso tudo? 

Caso pudéssemos fotografar a Terra do espaço a cada século, desde a sua formação, veríamos um planeta se contorcendo, passando por diversas colisões e separações, até chegarmos à disposição atual dos continentes. Esses segredos, ainda hoje, não são muito bem explicados, mas eles foram mais bem analisados após o surgimento da Teoria da Tectônica de Placas, no século XX, proposta pelo climatologista Alfred Weneger. Segundo o cientista, a Terra seria como um quebra-cabeça gigante, no qual os continentes seriam as peças. Para Weneger, as linhas de costa da América do Sul e da África se encaixavam perfeitamente. Dessa forma ele mostrou que essas massas estavam unidas em algum momento da história, formando assim um supercontinente, nomeado Pangea, formado há 220 milhões de anos. Diversas outras evidências que comprovam essa teoria já foram descobertas e propostas, inclusive pelo próprio Weneger, mas esse é um assunto para outro texto.

Weneger não conseguiu responder as perguntas que iam surgindo na época, como o motivo dos blocos se moverem ou quais forças conseguem mover esses blocos. Com o avanço dos estudos, foram descobertas as propriedades plásticas da astenosfera, camada da Terra na qual as placas tectônicas são “empurradas” e estão em constante movimento. Além disso, outras teorias foram sendo elaboradas, a fim de explicar melhor as ideias de Weneger.

Ao juntar informações de diversos estudos, principalmente geocronológicos, paleomagnéticos e geotectônicos, concluiu-se que o Pangea foi somente o último dos supercontinentes existentes, construindo assim, uma linha do tempo do planeta Terra, como veremos a seguir.

 

Os primeiros blocos de crosta continental surgiram há cerca de quatro bilhões de anos e, desde então, estão em constante crescimento e movimento. Há dois bilhões de anos, três microcontinentes existiram no planeta: Ártica, Atlântica e Ur, como mostra a imagem abaixo.

Planeta Terra há cerca de 2 bilhões de anos.

Com o tempo esses microcontinentes foram se quebrando e se chocando, para formar novas massas continentais maiores. Há um bilhão de anos o primeiro supercontinente foi formado, denominado Rodínia.

 

Há cerca de 800 milhões de anos, o Rodínia se fragmentou e, após diversas colisões, há 500 milhões de anos surgiu o supercontinente Gondwana (que incluía a América do Sul e a África) e alguns menores. Por um tempo, essas massas permaneceram juntas, formando outro supercontinente, o Panótia. 

Após a fragmentação do Panótia, o Gondwana ficou no hemisfério Sul, enquanto a Laurásia era o supercontinente do hemisfério norte. Há cerca de 300 milhões de anos, as massas começaram a se juntar novamente, formando o Pangea. Após sua quebra, a América do Sul separou-se da África, e a disposição atual dos continentes começou a se formar.

 

As placas tectônicas continuam a se mover e, no futuro, outro supercontinente se formará. Atualmente, as placas se movem, em média, 10 centímetros por ano e com base nos movimentos de cada placa, daqui cerca de 250 milhões de anos um novo supercontinente se formará, o Neopangea.