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A vulcanologia foi criada na década de 1980 e estuda o vulcanismo. A partir dela, se procurou entender melhor esse fenômeno que tanto intriga a ciência. A beleza e a força dos vulcões não são novidades para ninguém, mas você sabia que eles são como um berçário para a Terra? O processo de formação das rochas inicia-se durante uma erupção e entender esse evento nos ajuda a descobrir um pouco mais sobre o nosso planeta.

 

Uma erupção nada mais é que a liberação imediata do calor interno da Terra, que é acumulado através de milhares de anos e liberado em um evento rápido e poderoso. Os vulcões não são uma exclusividade nossa, existem também em Marte e em satélites naturais dos maiores planetas do Sistema Solar, como Europa (lua de Júpiter), por exemplo. Inclusive, a maior estrutura vulcânica do sistema solar se encontra no planeta Marte, o Monte Olimpo, com 26 km de altura. Há também algumas evidências de que na Lua, o satélite natural da Terra, houve também atividade vulcânica muito tempo atrás.

 

Mas todas as erupções são perigosas?
A resposta é não. Existem diferentes tipos de erupções. Resumindo, há o tipo explosivo, no qual a viscosidade da lava é muito maior, ocasionando grande dificuldade para ser expelida do cone vulcânico. Dessa forma, é necessária maior pressão para que haja liberação de toda essa energia acumulada, gerando uma explosão muito grande. Mas há erupções do tipo efusivas, no qual a lava é menos viscosa e consegue ser expelida com maior facilidade, não havendo necessidade de uma explosão.

 

Atualmente existem cerca de 600 vulcões ativos na Terra, sendo que os mais próximos do Brasil se encontram no Chile. O evento vulcânico mais conhecido e estudado no nosso país ocorreu em Poços de Caldas, Minas Gerais. A cidade cresceu dentro de uma caldeira vulcânica, formada após o abatimento de um cone há 90 milhões de anos.

 

Com o avanço da vulcanologia, se tornou mais fácil prever uma erupção e sua grandeza. Os vulcões nos dão diversas “dicas” de que estão para entrar em erupção, como sismos intermitentes, associados ao movimento do magma em profundidade, a dilatação do terreno em volta do vulcão, devido ao aumento da pressão, e as famosas emissões gasosas, como uma enorme chaminé ao ar livre. Com o reconhecimento de quaisquer desses sintomas, o governo entra em estado de alerta, aumentando a vigilância no local.

 

As emissões gasosas, apesar de serem um show à parte, podem ser bastante nocivas ao ser humano e à vegetação. Cerca de 75 a 95% dos vapores expelidos são compostos por água. Mas outros elementos também vão para a atmosfera, como o Enxofre (S), o Cloro (Cl) e o Flúor (F). Estes reagem com a água, resultando em ácidos que podem destruir a vegetação e até corroer metais. Por outro lado, os vulcões podem ser um maravilhoso atrativo turístico, principalmente por conta das fontes termais e gêiseres. As fontes se dão através de condutos e podem durar por décadas após a erupção original. Já os jatos de água quente ocorrem em intervalos regulares e criam um verdadeiro show no ar.

 

A atividade vulcânica foi, e ainda é, extremamente importante para a manutenção da nossa biosfera. Há cerca de 4 bilhões de anos, milhares de vulcões ativos liberaram quantidades enormes de água e gás carbônico, formando os primeiros oceanos e a atmosfera primitiva. Além disso, são nos vulcões que nascem as rochas vulcânicas, a partir da consolidação da lava, podendo formar, por exemplo, a cordilheira dos Andes.

 

Dessa forma, o homem começou a respeitar a força de uma erupção vulcânica, estudando os motivos e procurando se prevenir melhor dos desastres.