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Afinal, o que é Intemperismo?

 

 

O termo Intemperismo se refere ao processo de mudanças físicas e químicas a que rochas e minerais estão propensos na superfície da Terra e também é conhecido como “meteorização” pois, sua ocorrência depende das condições climáticas de uma determinada região. 

Ao contrário da erosão, que é o transporte de partículas e matéria, o intemperismo é a ruptura e transformação de materiais, resultando em produtos com novas características físicas e/ou químicas. Em outras palavras, as rochas presentes na superfície são expostas a fatores exógenos (ou seja, que provém do exterior, que se produz no exterior do organismo ou do sistema, ou que é devido a causas externas), que transformam e moldam o relevo, como a água e força do vento, fazendo com que as mesmas se desgastem e se transformem. 

Quando há a quebra de rochas em pequenas partículas através do intemperismo, elas são chamadas sedimentos. Exemplos de sedimentos incluem areia da praia, poeira, etc. Em última análise, sob as condições físico-químicas necessárias, rochas sedimentares são formadas a partir desses sedimentos. O mesmo processo também é responsável pela formação dos solos, que nada mais são do que montes de sedimentos rochosos desagregados. Existem três tipos de intemperismos: físico, químico e biológico. A seguir, iremos discutir alguns fatores que controlam o intemperismo em relação ao grau, velocidade e forma.   

Clima: é o principal agente que controla o intemperismo e é responsável pelo transporte dos produtos do intemperismo, através das chuvas, por exemplo. No caso das chuvas, quanto maior o contato da rocha com a água, mais completas serão as reações químicas do intemperismo. As oscilações de temperatura contribuem para a fragmentação das rochas, a partir de sua expansão e contração.  

Relevo: determina a velocidade de escoamento da água da chuva e, consequentemente, a maior ou menor infiltração da água na rocha. Em encostas íngremes, a água tem um contato curto com as rochas e, portanto, não pode promover reações químicas de forma adequada. Já nas terras baixas, a água permanece em contato com a superfície por mais tempo, não “escorrendo” facilmente. 

Rocha-Mãe: é importante porque, dependendo de sua composição mineralógica, terá maior ou menor resistência aos agentes do intemperismo. Os primeiros minerais que se cristalizam durante o resfriamento do magma são os mais fáceis de se transformarem durante o intemperismo. Por esta razão, o quartzo é um dos minerais mais resistente e um dos últimos a se decompor durante esse processo: é um dos últimos minerais a se formar por meio da cristalização do magma, sendo mais estável nas condições de temperatura e pressão da superfície terrestre. Por outro lado, há minerais de carbonato de cálcio, sendo solúveis em água. A estrutura interna da rocha também influencia o grau e tipo de intemperismo.  

Tempo: quanto maior o tempo de exposição da rocha na crosta terrestre, mais intensos serão os efeitos das condições climáticas para a mesma, logo, seu desgaste.  

Fauna e Flora: a concentração de CO2 no solo, resultante da decomposição da matéria orgânica morta, facilita muito a acidificação da água, o que favorece, por exemplo, a dissolução do alumínio. Superfícies rochosas cobertas com líquen são atacadas muito mais rápido por intemperismo químico do que aquelas sem líquen, e as raízes das árvores têm um grande poder de penetrar nas fraturas das rochas, causando sua quebra.  

De maneira geral, o intemperismo é um processo importante pois, é o início de um processo maior que causa a erosão e deposição de materiais, com a capacidade de formar rochas sedimentares. É também do intemperismo que se produz o regolito e em um estágio mais avançado, o solo, fundamental para a prática agrícola e, portanto, para o ser humano. 

 


 

Como referenciar este conteúdo:  

SILVA, Carolina Nunes da. Intemperismo. Jovem Explorador, 20 jul. 2021. Disponível em: <http://www.jovemexplorador.iag.usp.br/?p=blog_intemperismo>. 

 

 

Fontes consultadas:   

ALMEIDA, Regis Rodrigues de. Intemperismo. Brasil Escola. Disponível em: . Acesso em: 23 mai. de 2021.