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QUAL A HISTÓRIA DA CAMADA DE OZÔNIO E COMO ELA prova que podemos superar as mudanças climáticas?

 

Você se lembra do primeiro contato que teve com o termo “camada de ozônio”, seja num jornal ou revista impressos, seja na mídia eletrônica, seja em alguma aula de geografia da escola? A mídia dos anos finais do século passado e dos primeiros anos do Século XXI constantemente revisitava este termo nas manchetes. Mas afinal, o que significa? Por que não ouvimos falar dela da mesma forma que antes?

Em termos meteorológicos, a camada de ozônio é chamada de ozonosfera. Primeiramente, relembremos que a atmosfera se divide literalmente em camadas. A troposfera é a camada onde o homem desenvolve a maior parte de suas atividades, e vai da superfície terrestre até, na média global, os 11 km de altitude. Na estratosfera, que toma, em média, a espessura entre 11 e 40 quilômetros acima da superfície, encontra-se uma alta concentração do elemento químico ozônio, que nessa altura protege a Terra da radiação ultravioleta emitida pelo Sol por meio de reações fotoquímicas. Esta porção da estratosfera é a ozonosfera.

O "buraco" na camada de ozônio aparece naturalmente na "noite polar", um período do ano em que o sol não ilumina as áreas mais próximas ao Polo Sul e que dura meses, diminuindo naturalmente a produção de ozônio na estratosfera. Daí a ideia de "buraco de ozônio", uma área onde a concentração de ozônio estratosférico vai quase a zero. Na década de 80, iniciaram-se as primeiras observações e confirmações em relação ao fato de que a área total desse "buraco" só aumentava de ano para ano. Descobriu-se que as moléculas dos gases emitidos pelo homem, como o gás refrigerante clorofluorcarboneto (CFCs), usado em profusão nos regrigeradores caseiros e industriais e em aparelhos de ar condiconado de então, eram as responsáveis pelo consumo anormal do ozônio estratosférico. De fato, esses gases eram expelidos para a atmosfera ao final da vida útl desses aparelhos refrigerantes, entravam na circulação atmosférica, e subiam aos altos níveis, onde  permaneciam por muitos anos antes de desaparecerem. Como consequência, a radiação ultravioleta, que, ao contrário da luz, é letal para os seres vivos (animais e plantas), não era filtrada na área afetada pela camada de ozônio com tanta eficiência como deveria, e esta área aumentava perigosamente ano a ano.

A BOA NOTÍCIA

Ainda na década de 1980, em um esforço coletivo dos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), o Protocolo de Montreal representou um importante passo na história, pois, combatendo o buraco na ozonosfera por meio de medidas políticas, deu um exemplo de que a humanidade possui as ferramentas para enfrentar as mudanças climáticas causadas por si mesma. Desde então, os níveis de emissão de gases do tipo CFC têm seu uso reduzido ao longo do tempo, e até suprimido, em muitos países. O problema ainda não deixou de existir, mas os níveis de crescimento do buraco de ozônio antártico são estáveis o bastante para que a preocupação com sua diminuição tenha diminuído consideravelmente.

  

Como referenciar este conteúdo:

BRAZ, Laura H. T. A camada de ozônio e a luta contra o aquecimento global. Jovem Explorador, 23 ago. 2023. Disponível em: . 

 

Fontes consultadas:  

BURACO  na camada de ozônio atingiu menor tamanho desde 1982, revela NASA. Revista Galileu, 22 out. 2019. Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 23.

 

COMO o grande buraco de ozônio de 2020 se compara a outros anos?. MetSul, 15 out. 2020. Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 23.

 

COMO o mundo se uniu para reconstruir a camada de ozônio. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 15 set. 2021. Disponível em: . Acesso em: 10 jul. 23.