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"As enchentes e as inundações não configuram situações de risco quando o homem não ocupou a planície de inundação"

(White, 1974 apud Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999)

 

 

Cenas como a mostrada na imagem acima são eventualmente exibidas nos noticiários, descrevendo prejuízos e transtornos que ocorrem tanto em regiões brasileiras quanto em outros países, principalmente em períodos de chuvas fortes e contínuas. Tratam-se de enchentes (cheias), inundações e/ou alagamentos, processos cíclicos e naturais de rios e canais, que nem sempre trazem malefícios à população.

 

Entenda melhor qual a diferença entre esses termos e qual seu processo de formação e possíveis consequências:

 

Enchente (ou Cheia) – é o transbordamento natural do nível de água de rios e canais devido a chuvas muito intensas.

 

Inundação – A inundação é o transbordamento de água num determinado território. As inundações são subdivididas em 3 tipos:

 

- Inundação fluvial: quando ocorrem fortes chuvas que causam o transbordamento da água de rios e lagos;

 

- Inundação marítima: originada por grandes ondas e ressacas;

 

- Inundação artificial: causada por falhas humanas, como rompimento de barragens, acidentes na operação de comportas etc.

 

Alagamento – Acúmulo de água em regiões urbanas.

 

Frequentemente pode ocorrer uma sequência de eventos da seguinte forma:

- uma enchente que provoca uma inundação que, por sua vez, gera um alagamento.

 

As causas naturais das inundações estão relacionadas à forma da bacia hidrográfica, à forma do vale, da altura da topografia, do tipo de vegetação vizinha e dos índices de pluviosidade do local.

 

Geralmente as inundações são prejudiciais quando existe ocupação populacional próximas às regiões afetadas pela água. Ou seja, a origem dos danos é causada por ações antrópicas (atividades humanas) e, geralmente, irresponsáveis ou sem conhecimento técnico. A grande quantidade de asfalto e pavimentação nas grandes cidades, por exemplo, impede o escoamento natural da água da chuva pelo solo, tornando essas áreas impermeáveis e promovendo o processo de acúmulo de água (alagamento); além do que, os grandes centros urbanos, que, além da extensa pavimentaçao,  concentram altos índices de poluição, facilitam a formação de ilhas de calor (regiões muito aquecidas nas grandes cidades causadas pela intensa urbanização), o que consequentemente altera a pluviosidade da região, desde que as ilhas de calor estimulam a formação de tempestades nos grandes centros urbanos.

 

A proporção dos danos de uma inundação está intimamente ligada à ocupação populacional desorganizada da região. Quando não há interferência antrópica irresponsável, tais transbordamentos são absorvidos gradativamente pela própria natureza. Caso contrário, atividades irresponsáveis como o desmatamento não planejado e o despejo irracional de esgoto em áreas fluviais causam um grande impacto em todo o processo de absorção dessas águas.

As boas práticas humanas em relação ao meio ambiente em que vive devem ser sempre cultivadas, preservando o ambiente para manter a qualidade de vida das gerações futuras.