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            Entre tantos novos termos que surgem ao conhecermos um pouco mais sobre o aquecimento global, um deles é o chamado de "ponto de não retorno". Com um nome um tanto autoexplicativo, o ponto de não retorno se refere ao momento crucial e irreversível de uma região da Terra em que seu clima foi tão alterado por ações humanas, que pode não voltar ao que conhecíamos antes. Ou, ao menos, não por um futuro próximo.

            Apesar de soar alarmista, tal definição é válida para expressar a gravidade da situação. Ela também chama a atenção para o porquê de as pessoas deverem se preocupar com o aquecimento global. Não é coincidência constatar que alguns fenômenos climáticos extremos tornarem-se mais comuns a cada ano nos mesmos locais atingidos.

            Um exemplo é o ritmo assustador de derretimento do gelo do Ártico. Ainda que as emissões de gases do efeito estufa fossem comletamente freadas de um dia para o outro por ações políticas ambientais, a região norte do planeta demoraria alguns séculos para voltar a apresentar a extensão de gelo que possuía há poucas décadas. A reversão dos impactos negativos da humanidade é um trabalho extenso e árduo e deveria começar o quanto antes.

            Quanto mais a temperatura média da Terra aumentar, maiores são as chances de mais regiões atingirem um ponto de não retorno climático. A Amazônia e os recifes de corais são outros exemplos que, com um aumento a partir de 2,5 ºC, podem se transformar completamente. Essas transformações vão desde o clima da região até a extinção de ecossistemas inteiros. Assim, somente limitações e ações decisivas para a biodiversidade impediriam a criação de novos pontos de não retorno pelo planeta.

 

 

Como referenciar este conteúdo:

BRAZ, Laura H. T. O que é “ponto de não retorno”. Jovem Explorador, 24 ago. 2023. Disponível em: . 

 

 

Fontes consultadas:  

AQUECIMENTO de 1,5 °C já levaria 5 regiões a ponto de não retorno climático. Revista Galileu, 12 set. 2022. Disponível em: . Acesso em: 23 ago. 23.

 

CAMARGO, Suzana. Aquecimento do Ártico segue em ritmo assustador: a média é muito superior ao resto do planeta. Conexão Planeta, 16 jun. 2022. Disponível em: . Acesso em: 10 jul. 23.