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Você já parou pra pensar como é o interior do nosso planeta? 

 

Antigamente acreditava-se que o interior do planeta Terra era maciço, composto inteiramente por rochas. Com o avanço dos estudos na área da Geologia, foi comprovado que na verdade apenas uma camada da superfície apresenta essa característica, havendo uma mudança na composição da estrutura interna da Terra com o aumento da profundidade em direção ao núcleo. Estas mudanças podem ser observadas, por exemplo, na temperatura e na pressão. Para estudar isso, a estrutura do planeta é dividida em três camada principais, sendo elas: 

 

Crosta Terrestre: é a camada externa, também conhecida como superfície terrestre. Sua espessura pode ter entre 5 e 70 quilômetros de profundidade, dependendo da localidade ao redor do planeta. Na parte oceânica, onde estão os mares, a crosta terrestre é mais fina do que na parte continental. É importante ressaltar que, a crosta terrestre não é uma casca contínua, isto é, ela apresenta algumas “rachaduras” que a divide em pedaços instáveis, que flutuam em cima do magma. Esses pedaços são chamados de placas tectônicas e quando há uma movimentação das mesmas, podem ocorrer fenômenos como terremotos, maremotos, tsunamis e a erupção de vulcões. 

 

Manto: é a camada interna intermediária e para estudá-la é necessário dividi-la em duas partes: manto superior (até ~100 km de profundidade) e manto inferior (de ~100 km até ~2800 km de profundidade). Justifica-se esta divisão pelas mudanças nas características físicas dos corpos presentes no manto conforme aumenta a profundidade. No manto superior, a temperatura pode chegar a 100 ºC e sua consistência é muito parecida com a camada acima dela. Sua principal diferença em relação à crosta terrestre é a mudança na composição química das rochas, que se tornam mais ricas em ferro, magnésio, piroxênios e olivinas (que são basicamente minerais) e podem assumir um estado menos rígido da matéria. Já no manto inferior, as temperaturas são bem mais expressivas, podendo chegar a aproximadamente 2.200 ºC, fazendo com que as rochas se tornem cada vez mais fundidas, dando origem ao magma juntamente às correntes de convecção que o movimenta. A convecção significa material subindo e descendo em correntes verticais. Apesar desse movimento ser relativamente lento, ele exerce uma pressão considerável sob a crosta terrestre, fazendo com que eventualmente haja a movimentação da mesma por meio das placas tectônicas, que podem dar origem aos terremotos ou maremotos. 

 

Núcleo: é a camada mais interna do planeta e a que menos se sabe a respeito. Também é dividido em duas partes, sendo uma o núcleo externo e a outra o núcleo interno. Sobre o núcleo externo, os cientistas concluíram que provavelmente sua consistência é líquida, por não haver a propagação de ondas sísmicas, que geralmente se propagam em material no estado sólido. Sua espessura está calculada em aproximadamente 2.200 km. Para o núcleo interno, presume-se que está em estado sólido por conta da alta pressão a que está submetido, apesar da temperatura ser extremamente elevada, podendo chegar aos 5.000 °C. O Núcleo é composto principalmente por ferro e níquel, e sua espessura atinge por volta de 1.250 km. É importante saber que o núcleo da Terra gira, e por conta disso e outros fenômenos físicos complexos, é gerada uma corrente elétrica. De acordo com as leis da física, toda corrente elétrica gera um campo magnético. Então, acredita-se que esse fenômeno seja responsável pela existência do campo magnético terrestre.

 

 

 

 Como referenciar este conteúdo: 

SILVA, Carolina Nunes da. Dinâmica e Estrutura Interna da Terra. Jovem Explorador, 15 set. 2020. Disponível em: blog_Estrutura-Interna-Terra> 

 

 

 

Fontes consultadas: 

BRANCO, Pérsio de Morais. Estrutura Interna da Terra. Serviço Geológico do Brasil, 4 mai. 2015. Disponível em: . Acesso em: 7 set. 2020. 

ERNESTO, Márcia; MARQUES, Leila Soares; MCREATH, Ian; USSAMI, Naomi; PACCA, Igor Ivory. O interior da Terra. In: TEIXEIRA, Wilson et al. (Orgs.) Decifrando a Terra. 2º ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. cap. 2, p. 71-75.