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Durante o dia, os raios solares atingem tanto o oceano quanto o solo dos continentes. Porém, a água aquece menos do que o solo, porque a água tem maior capacidade térmica do que o material que compõe o solo. A capacidade térmica de uma substância é a medida de quanta energia ela precisa (calor) para ser aquecida de 1 grau Célsius (a rigor, é para elevar a temperatura da substância de 15 para 16 ºC). Com isso, em cima do continente, o ar aquecido faz a pressão atmosférica baixar. No mar, surge então uma zona de alta pressão atmosférica (em relação à pressão mais baixa do ar sobre o continente). Como o ar sempre se desloca da alta para a baixa pressão, durante o dia o vento começa a soprar do mar para o continente: esta é a brisa marítima. Esta brisa normalmente é sentida pelos moradores das regiões costeiras durante todas as horas durante o dia, assim que o Sol nasce e seus raios incidem sobre a superfície. Já na cidade de São Paulo, por exemplo, que dista cerca de 60 km medidos em linha reta do mar, a brisa marítima só é sentida horas mais tarde, normalmente no período da tarde.

Durante a noite, quando não há aquecimento devido aos raios solares, ocorre a situação inversa. No continente, há um rápido resfriamento (o continente perde calor para o espaço muito mais rapidamente do que o oceano, novamente por causa das diferenças entre suas capacidades térmicas) e fica mais frio que o oceano. Isto gera uma zona de alta pressão no continente, enquanto no oceano, agora mais quente que o continente, estabelece-se uma zona de baixa pressão. Por causa disso, haverá deslocamento de massas de ar (ou seja, vento) do continente em direção ao oceano: esta é a brisa terrestre.