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Na imagem de satélite acima, vê-se o Furacão Catarina, que atingiu a costa do Brasil na altura de Santa Catarina entre 27 e 28 de março de 2004. Este ciclone começou como um ciclone subtropical, mas adquiriu características tropicais e se desenvolveu como furacão híbrido entre ciclone tropical e subtropical enquanto se movimentava, de forma anômala, para o oeste. Os ciclones subtropicais e extratropicais normalmente se deslocam para leste! A Meteorologia constantemente se depara com fenômenos atmosféricos complexos e intrigantes.

Você já deve ter ouvido falar em ciclones tropicais e ciclones extratropicais, não é mesmo? Provavelmente, quando você escuta ou lê sobre esses conceitos, o que vem à sua mente é um grande fenômeno de escala gigantesca como um furacão, ou de escala espacial pequena, mas de efeito destruidor, como um tornado. Mas qual a relação entre ciclones, furacões e tornados? Os três constituem o mesmo evento? A resposta é NÃO. Aqui, veremos as características dos grandes ciclones mais comuns (tornados são ciclones bem pequenos, e serão vistos em outro artigo, devido à sua força devastadora). Bom, para começarmos a nossa análise sobre os grandes ciclones, primeiramente precisaremos entender alguns conceitos, como as variações de temperatura ao longo do planeta Terra. Estas variações ocorrem porque a incidência dos raios solares é diferente com relação às regiões do globo, sendo mais forte em algumas regiões e mais fraca em outras, aquecendo mais alguns locais do que outros. Como a pressão atmosférica, que é a força exercida pelo peso da coluna de ar em uma determinada área, varia de acordo com a temperatura, ocorrem fenômenos chamados zonas de alta ou baixa pressão. E adivinhem só: um ciclone é uma zona de baixa pressão! Na verdade, o ciclone se forma onda existe um centro fechado de baixa pressão atmosférica em superfície, com aspecto bastante circular. Os ciclones possuem características que exercem grande influência no tempo nas regiões onde passa. Nessas zonas de baixa pressão ocorre ascendência de ar, ou seja, são regiões convectivamente ativas, onde o ar sobe e favorece a formação de nuvens e, como consequência, de chuva. Nos ciclones o ar gira no sentido horário no hemisfério Sul e no sentido anti-horário no hemisfério Norte. Os ciclones podem ser divididos de acordo com a sua região de origem: tropicais (com origem na região tropical da Terra), subtropicais (origem em latitudes fora dos trópicos, mas longe dos polos) e extratropicais (longe dos trópicos e além da região subtropical). Os ciclones de grande escala mais frequentes são os extratropicais.

Para saber mais, consulte nossos posts sobre cada tipo de ciclone em Posts Relacionados ao Tema.