Os vulcões geralmente ocorrem em fronteiras divergentes entre as placas tectônicas, onde a crosta encontra-se enfraquecida e o magma pode subir à superfície devido à enorme pressão exercida pelo manto que está localizado abaixo. Quando o magma atinge a superfície, ao sair para fora da crosta, passa a ser chamado de lava. Apesar do processo de formação ser semelhante, existem diversos tipos de vulcões. A seguir, veremos os principais: 

Vulcões Escudo: são grandes estruturas vulcânicas com amplas cristas e lados ligeiramente inclinados. Esses vulcões se formam lentamente, bombeando milhares de correntes de lava altamente líquidas. Esse tipo de vulcão é capaz de expelir grandes quantidades de material ígneo, que percorrem longas distâncias, fazendo com que se crie uma grande montanha, rementente a um escudo. O arquipélago havaiano consiste em pelo menos cinco vulcões-escudo, entre os quais se destacam o Mauna Loa e o Kilauea. O vulcão Mauna Loa tem um volume estimado de 40.000 km3 e é mais alto do que qualquer outra montanha da Terra. Possui cerca de 9.100 metros desde o fundo do mar até seu pico mais alto.  

Cones de escórias: são os tipos mais comuns e simples de vulcões. Esses vulcões são relativamente pequenos e sua altura geralmente é inferior a 300 metros. Eles são formados como resultado da erupção de magmas de baixa viscosidade (magma basáltico ou com composição intermediária). Esses cones são geralmente simétricos, ovais ou redondos, com lados íngremes podendo chegar a uma inclinação de mais de 35 graus. Conteem uma cratera ampla, geralmente em forma de tigela. Eles podem ocorrer sozinhos ou em grupos.  

Estratovulcões: este tipo de vulcão tem o formato de cone e, portanto, é íngreme. Permanece ativo por muito tempo, e a lava expelida tem uma alta viscosidade, sendo constituída pela intercalação de fluxos de lava e produtos piroclásticos, que na maioria das vezes sobe rapidamente para fora do vulcão de maneira violenta. Hoje, o termo Vulcão Composto é usado para representar melhor essas montanhas vulcânicas. Os vulcões compostos (estratovulcões) são encontrados em todas as regiões onde ocorrem vulcanismo, mas é nas regiões de convergência de placas (onde uma placa tectônica mergulha em direção ao manto, sob outra placa tectônica) que essas construções vulcânicas são mais abundantes.  

Vulcões submarinos: são vulcões que estão localizados embaixo d’água, submersos, e são bastante comuns em alguns locais no fundo do oceano, principalmente na dorsal Meso-Atlântica (cadeia de montanhas subaquáticas localizada aproximadamente no meio do Oceano Atlântico). Eles são responsáveis por criar um novo fundo oceânico em diversas zonas do Planeta a partir da sua lava expelida, juntamente com o movimento divergente das placas tectônicas. Um exemplo deste tipo de vulcão é o vulcão Serreta, no arquipélago dos Açores.  

Os vulcões também podem ser classificados quanto à sua atividade:  

- Extinto: que muito possivelmente não voltará a apresentar sinais de instabilidade e não entrará em atividade por pelo menos alguns milhões de anos.   

- Ativo: que estão em atividade, ou seja, demonstra sinais de instabilidade e indícios de que podem entrar em erupção.  

- Dormente: que não se encontra em atividade, contudo, pode ser que, em algum outro momento, possa voltar a apresentar sinais de instabilidade. 

Como referenciar este conteúdo:  

SILVA, Carolina Nunes da. Tipos de Vulcões. Jovem Explorador, 20 dez. 2020. Disponível em: blog_tipos-de-vulcões> 

Fontes consultadas: 

Fink, J.H. & Anderson, S.W. 2000. Lava Domes and Coulees. In: Encyclopedia of Volcanoes, Sigurdsson, H. (Ed.), p. 307 – 319. 

RIBEIRO, Amarolina. Vulcões. Mundo Educação. Disponível em: . Acesso em 17 dez. 2020. 

SOUSA, Rafaela. Vulcões. Brasil Escola. Disponível em: . Acesso em 15 dez. 2020.  

Vulcões. Portal São Francisco. Disponível em: vulcoes>. Acesso em 17 dez. 2020 .